Parcerias institucionais

Na luta diária pela consolidação da Reforma Psiquiátrica Brasileira (Lei 10216/2001), temos em cada unidade acima descrita pontos de referência da militância política e social pela causa da saúde mental que não cederam, e não cedem, ao sistemático bombardeio aos avanços conquistados.

Na sequência, as próprias condições de possibilidades para que um projeto como o PGT pudesse vir a se afirmar, foram pautadas nessa Reforma, ou desde que usuários passaram a poder “morar” e se “tratar” fora do hospício. Cogitar emprego formal antes do movimento reformista quase esbarrava numa “produção delirante” (aqui envolvendo tanto usuários, quanto técnicos), tamanha a indigência social dessa parcela da população.

Pois a proposta do PGT veio se encaixar na pauta de investimentos da Reforma, centrada no cidadão usuário de saúde mental, para que ele pudesse ocupar mais espaços socialmente compartilhados que, nesse caso, contempla as devidas insígnias de um trabalhador formal. Nesse sentido, o PGT se apresenta apenas como mais uma opção democrática oferecida para os usuários de saúde mental no Brasil.

Pois aqui chegamos e não foi fácil o caminho. Contudo, nesses anos de trabalho conjunto, o que posso afirmar é que encontrei em cada um desses serviços, bons parceiros de luta que muito bem entenderam a proposta do PGT e são co-responsáveis pelo sucesso de cada um desses cidadãos incluídos no emprego formal.